A importância do estudo dos arquétipos para a psicoterapia junguiana
Atualizado: 14 de fev. de 2023
O estudo dos arquétipos auxilia a escuta do profissional na psicoterapia ou na análise junguiana na medida em que eles retratam as imagens que o cliente/analisando traz em seu fundamento psíquico, estando, portanto, na raiz das questões ou distúrbios que os levam ao tratamento.
Por exemplo, o arquétipo do herói personifica a imagem que todos nós temos do que é um ser humano ideal, fazendo com que nosso anseio pela figura do herói seja sempre retratado quer seja na cultura (contos, lendas, filmes, etc.), como também no nosso mundo interno de sonhos e fantasias.
Por outro lado, seu conhecimento (em teoria) ajuda na interpretação dos conteúdos que surgem durante a psicoterapia/análise (prática), haja vista que o principal objetivo desta é proporcionar ao indivíduo a capacidade de fazer a ponte entre a consciência do ego e os conteúdos inconscientes (que se manifestaram personificados por aqueles arquétipos), sobretudo à vista da função compensatória da psique: o próprio inconsciente irá apontar o curso terapêutico mais adequado, além do que é dele que brotará as novas possibilidades de manifestação da personalidade.
Isto é, uma vez que buscamos encontrar meios de promover o diálogo entre o consciente e o inconsciente (através de trabalhos com as imagens simbólicas, com sonhos e fantasias), ou seja, de permitir a expressão do inconsciente através de uma dinâmica criativa, precisamos conhecer sua linguagem.
Recorte de trabalho realizado pela autora no curso de pós-graduação em Psicologia Junguiana.
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