EXTROVERSÃO & INTROVERSÃO: Qual sua atitude básica diante da vida?

Você se considera uma pessoa extrovertida ou introvertida?

Em nosso desenvolvimento costumamos nos adaptar às demandas naturais da vida através da manifestação de uma das atitudes psicológicas básicas (extroversão/introversão).

A atitude refere-se ao direcionamento que a energia psíquica em nós tende a tomar. Em outras palavras, significa onde o indivíduo prefere focar sua atenção: no mundo externo (por ex., fatos, pessoas e objetos) ou no mundo interno (por ex., representações, ideias e sentimentos).

Algumas diferenças entre as atitudes extrovertida e introvertida:

EXTROVERTIDO

É mais objetivo e impulsivo.

Postura mais relaxada e confiante no meio social.

Atenção voltada para os aspectos externos da experiência.

Interesse em pessoas, coisas, fatos.

Impulso para ação e prática.

Tende a desconsiderar suas necessidades internas.

Valoriza as relações com o mundo externo.

INTROVERTIDO

É mais subjetivo e hesitante.

Postura mais reservada e observadora no meio social.

Atenção voltada para os aspectos internos da experiência.

Interesse em ideias e impressões internas.

Voltado para reflexão e análise.

Tende a desconsiderar as relações com os acontecimentos exteriores.

Valoriza seus próprios aspectos subjetivos.

A pessoa extrovertida tende a valorizar e a se orientar mais pelos aspectos objetivos da vida, prestando mais atenção em coisas, situações, pessoas etc., uma vez que a energia psíquica se movimenta de dentro para fora, visando assim todo esse mundo externo.

Enquanto que a pessoa introvertida tende a valorizar e a se orientar por seus aspectos subjetivos, pois a energia psíquica se movimenta de fora (mundo externo) para dentro, fazendo com que se preste mais atenção às impressões subjetivas (seus processos internos) causadas pelos objetos externos.

Isso não significa que haja um tipo melhor ou pior que o outro, pois ambas as atitudes são fundamentais para a vida humana. Também não significa que a outra atitude não esteja presente em nossa psique; mas, tão-somente, que damos preferência a atitude a qual nos adaptamos mais facilmente, em face da necessidade normal de se posicionar no mundo.

A atitude que não foi a princípio desenvolvida fica a nível inconsciente, como uma disposição reprimida, atuando ocultamente no sistema compensatório e equilibrante da psique. O grande problema surge quando ocorre um exagero na unilateralidade da atitude consciente. É aí que o inconsciente tende a se manifestar, buscando sempre o equilíbrio!

Geralmente, uma espécie de “cobrança” pelo desenvolvimento dessa atitude inconsciente (mal desenvolvida) começa a vir à tona na segunda metade da vida, quando não se trata mais de uma necessidade de adaptação, mas sim de uma questão de integração psicológica da personalidade.

Então... você conhece qual seu tipo psicológico? Qual sua atitude consciente e de fácil expressão? E qual a disposição inconsciente que ainda precisa desenvolver?

Observação: A tipologia não visa fazer uma classificação estática entre as pessoas, mas busca conhecer as semelhanças e diferenças entre as personalidades, servindo de orientação e autoconhecimento, por definir estilos cognitivos e preferências comportamentais.

Com a tipologia, tem-se uma compreensão relativa do fenômeno psíquico!

Atenção!

Timidez não tem a ver com a atitude básica, mas sim com um complexo de rejeição; de modo que tanto uma pessoa extrovertida como uma introvertida podem manifestar tendência a evitar se expor por receio de rejeição.

“A singularidade de cada pessoa e sua dinâmica psíquica ultrapassam os limites de abrangência do sistema tipológico e escapam igualmente das malhas de qualquer abordagem psicológica.” José Jorge de Morais Zacharias

Referência: ZACHARIAS. Tipos – a diversidade humana.