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  • Foto do escritorKahlinne Rocha Brandão

Pensamentos negativos como instrumento do desenvolvimento da consciência


Pensamentos negativos são queixas recorrentes dos pacientes no atendimento clínico; sobretudo, em se tratando de diagnósticos como o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) por exemplo, no qual a pessoa pode ficar num estado de forte angústia em virtude dos conteúdos obsessivos e intrusivos que tumultuam insistentemente sua mente consciente.
Para lidar com tais perturbações, é preciso saber de antemão que não adianta lutar contra esses pensamentos ou tentar de todo modo reprimi-los, uma vez que isso fortalece ainda mais sua ação destrutiva e a pessoa acaba esgotada energeticamente, com as consequências daí decorrentes.
O que se torna terapeuticamente útil nesses casos é buscar “dialogar” com esses pensamentos, a fim de criar um distanciamento necessário – sem o qual a pessoa tende a sofrer em virtude da identificação e do medo de seus desdobramentos – e realizar uma elaboração do seu conteúdo!
Dialogar aqui significa, primeiramente, observar o pensamento com calma e sem medo, em seguida, usar sua própria função pensamento (consciente racional) para elaborar deduções lógicas e adequadas àquele conteúdo específico. Com isso, a pessoa estará, em última instância, evoluindo sua função pensamento! E não se deixando ser tomada pelo conteúdo intrusivo de modo destrutivo.
Aprofundando ainda mais nessa questão, podemos refletir acerca da impessoalidade inerente a tais pensamentos: como os pensamentos negativos são oriundos dos complexos pessoais, que, por sua vez, possuem um núcleo arquetípico, tais pensamentos podem NÃO ser necessariamente “seus”, mas sim conteúdos que atravessam a sua mente. É preciso levar em conta que nossa mente consciente é influenciada tanto pelo inconsciente pessoal como pelo inconsciente coletivo!
Assim, de nossa parte há uma responsabilidade por esses pensamentos negativos e intrusivos, ou seja, uma necessidade psicológica de elaboração individual com fins evolutivos da consciência, no que tange à função pensamento; o que dispensa culpa, vergonha, desespero, repressão, medo etc.
Dado esse primeiro passo, no processo psicoterapêutico devemos ainda analisar o que aquele conteúdo psíquico significa no contexto de vida da pessoa, visando entender o que ela precisa transformar ou simplesmente compreender; tendo em vista que a ANSIEDADE que se encontra na raiz de todas essas manifestações neuróticas exige um aprofundamento analítico para que seja de fato despotencializada e não simplesmente transferida para outras manifestações futuras!
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